O delegado Vicente de Paula diz que nunca viu o fantasma, mas chamou o padre para tentar por fim ao problema e acalmar os ânimos de presos e comandados. "Se fosse só os presos, eu não falaria nada. Mas até os agentes dizem que viram e estão reclamando", declarou o delegado, que aponta o motivo para não ter visto o fantasma. "Eu não vi porque ando com Deus direto".
De acordo com Vicente, o problema estaria ocorrendo nas celas 1 e 3 das quatro existentes na delegacia. Os presos gritam por socorro e choram querendo trocar de cela, e até mesmo os agentes estão tomando cuidado para não ficarem sozinhos. O fantasma já foi inclusive reconhecido: é de um homem que se matou enforcado há vários anos na cela 3, e estaria chamando os outros presos para fazer o mesmo. No mês passado, um detento foi encontrado morto na delegacia.
O delegado disse ainda que outras pessoas já vieram para a delegacia fazer orações, já que a reza do padre parece não ter surtido efeito. "Ninguém fecha as portas para Deus", afirmou Vicente de Paula, ao justificar que não pretende impedir que a população benza o local na tentativa de ajudar.
Hoje, a delegacia de Esperantina conta apenas com dois presos. Moisés, acusado de homicídio, quebrou hoje a liberdade condicional concedida pela Justiça. Ele faz companhia para Deyniser Mesquita Simeão, preso há quatro dias acusado de atirar em um capitão da polícia. Os dois não devem ficar nas celas supostamente "amaldiçoadas".
Fonte:
Fábio Lima
http://cidadeverde.com
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