O Google estreou novas ferramentas para combater a publicação de conteúdo inapropriado no orkut.
Desde o dia 1º de Julho o Google deu inicio ao uso de novas ferramentas para monitorar o conteúdo gerado pelos usuários em seus serviços e combater, especialmente, o uso de suas ferramentas por pedófilos.
A principal novidade é a estréia de um filtro de conteúdo que poderá identificar mensagens e fotos suspeitas de exibir conteúdo fora dos termos definidos pelo Google.
O filtro deve impedir a publicação do conteúdo irregular e identificar perfis e comunidades suspeitas.
Além do filtro, o Google Brasil anunciou algumas medidas que atendem a parte das exigências feitas por autoridades brasileiras, como representantes do Ministério Público e senadores que integram a CPI da pedofilia.
Entre as medidas estão o compromisso de repassar informações sobre autores de mensagens pedófilas para autoridades brasileiras sem necessidade de acordos internacionais.
O debate em torno de um acordo internacional existia porque o orkut está hospedado em servidores na Califórnia e suas informações submetidas às leis americanas. O Google Brasil usou esse argumento inúmeras vezes para responder aos pedidos do Ministério Público.
Mesmo nos Estados Unidos, no entanto, as regras de proteção à privacidade do usuário não protegem quem publica conteúdo pedófilo, o que facilita o repasse de informações do Google para autoridades brasileiras.
O não repasse de informações levou promotores e senadores a ameaçarem pedir o fim das atividades do Google no Brasil.
O Google disse também que manterá o registro de navegação no orkut em seus servidores por pelo menos 180 dias. Isto será especialmente útil para identificar autores de mensagens criminosas que eventualmente retirem o conteúdo irregular do ar.
Por fim, o Google diz que fará esforços para educar os internautas brasileiros e orientá-los a identificar e denunciar conteúdo impróprio. Para isso, a empresa produzirá cartilhas que serão distribuídas a jovens usuários de internet.
As medidas de repressão ao conteúdo pedófilo são anunciadas poucos dias após a CPI do Senado votar a convocação, pela segunda vez, de diretores do Google.
O presidente da companhia no Brasil, Alexandre Hohagen, deverá voltar à Brasília para depor na CPI.
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