terça-feira, 21 de outubro de 2008

Roteiro para um dia ou uma semana


Se você fosse levar em conta apenas a extensão do litoral - são meros 66 quilômetros espremidos entre Ceará e Maranhão -, não precisaria nem de um dia para conhecer as 13 belas praias do Piauí. Mas adotar a estratégia de visita relâmpago em um lugar assim tão especial é um equívoco turístico difícil de justificar.  Em vez disso, reserve alguns dias para apreciar como se deve cada trecho do litoral piauiense. São 36 quilômetros de costa apenas na parte continental, entre Cajueiro da Praia e Luís Correia. O restante fica na Ilha Grande de Santa Isabel. Confira os detalhes: PEDRA DO SAL Muito popular entre os visitantes, cobre cerca de 24 quilômetros de orla na Ilha Grande. A parte mais movimentada, com vários quiosques, fica a 15 quilômetros de Parnaíba. O nome da localidade veio de um fenômeno natural: quando a maré está alta, a água acaba ficando acumulada nas reentrâncias das pedras. O sol forte da região faz o líquido evaporar, deixando apenas rastros de sal nas rochas. Simples assim. Já o Morro Gemedor, ao lado, foi batizado em homenagem a uma lenda local. Conta-se que a índia Intã e o jovem Irá namoravam quando foram soterrados na areia. E os gemidos do casal seriam ouvidos até hoje (tudo não passa de efeito do vento na montanha). COQUEIRO Essa praia começou a despertar o interesse de quem queria ter uma casa no litoral ainda na década de 1970. Hoje, seus oito badalados quilômetros de extensão reúnem dezenas de imóveis de veranistas. A praia fica perto de Luís Correia e tem infra-estrutura turística razoável. Sem falar de areia branquinha e águas mornas. O arquiteto Gerson Castelo Branco, de 60 anos, chegou à região quando a vila tinha apenas 300 pessoas e nada de energia elétrica. E não conseguiu mais ir embora. "Passei seis anos da minha vida pescando e comendo peixe." Ele construiu sua casa usando elementos encontrados no local, como a palha e a carnaúba. Mais integrado à comunidade, começou a doar coqueiros aos moradores. "Para deixar o cenário menos árido." Iniciativa que acabou rebatizando o local, conta ele. LAGOA DO PORTINHO Com 15 quilômetros de largura e cercada por dunas, é muito freqüentada por turistas da região. Gente que passa o dia nas praias e, antes de voltar para casa, faz uma paradinha para apreciar o pôr-do-sol e tirar o sal do corpo com a água doce da lagoa. Aos domingos, o forró é um motivo a mais para prolongar a visita. Também há passeios de lancha e banana boat, que levam às dunas do outro lado da lagoa, por R$ 5. O vento constante incentiva a prática de esportes na lagoa, mas também pode provocar o desaparecimento do espelho d?água. A areia é empurrada aos poucos, dia após dia, para dentro da lagoa, provocando assoreamento. As dunas encobriram de vez quatro restaurantes que ficam nas margens. Outra vez, uma lenda explica a origem da lagoa: o cacique dos tremembés aprisionou em uma oca sua filha Macyrajara quando descobriu a paixão dela por Ubitã, guerreiro da tribo inimiga. O jovem tentou resgatar a amada, mas foi morto com uma flechada. A lagoa teria surgido, então, das lágrimas derramadas por Macyrajara. MACAPÁ A tranqüilidade dá o tom na Praia de Macapá, cercada por uma vila de pescadores. Não há nada ali além de tendas de palha e cadeiras na areia para os turistas. O único restaurante desse trecho é o Chico Izaura (0--86-9934-4107), que oferece pratos simples e deliciosos. Uma porção de camarão, por exemplo, custa R$ 15. O local ainda preserva um clima rústico, mas já foi realmente selvagem no passado. "Eu vinha acampar aqui há 20 anos e não havia nem pista de acesso", diz Joaquim Vidal, de 42 anos, dono de uma agência de turismo. Na Praia de Macapá, a grande ameaça é o mar - e não a areia, como na Lagoa do Portinho. Há 15 anos, boa parte da vila foi submersa e o nível das águas continua a subir. No caminho para Macapá, pela PI-116, pare perto da Praia de Carnaubinha para conhecer a Árvore Penteada - ou da Cabeleira, como dizem os moradores. Trata-se de um tamarineiro que teve a copa devidamente "penteada" pelo vento ao longo dos anos. PACOTES* PASSAGEM AÉREA O trecho SP-Teresina-SP custa a partir de R$ 1.223 na Gol (0300- 115-2121) e de R$ 1.319 na TAM (4002-5700)  PACOTES R$ 1.262: 4 noites em Teresina. Top Brasil (0--11- 3926-8000; www.topbrasiltur.com.br) R$ 1.327: 5 noites em Teresina com café e city tour. Beeline (0--11-3171-1544; www.beeline.com.br) R$ 1.699: 7 noites em Teresina. Riviera (0--11-5533-6889; www.rivieraoperadora.com.br) R$ 1.978: 4 noites em Teresina com café e locação de carro. Taks Tour (0--11-2821-8800; www.takstour.com.br) R$: 2.377: 1 noite em Petrolina com café e 4 na Serra da Capivara com pensão completa e passeios. Terra Mater (0--11-3464-5100; www.terramater.com.br) R$ 2.648: 5 noites na Serra da Capivara com pensão completa. Sem Fronteiras (0--11-3853-4401; www.semfronteiras.tur.br) R$ 2.648: 5 noites na Serra da Capivara com pensão completa. Filhos da Terra (0--11-3171-2000; www.filhosdaterra.com) R$ 2.648: 5 noites na Serra da Capivara com café e passeios. Rapi10 (0--11-3218-7301; www.rapi10.com.br) R$ 4.767: 3 noites na Serra da Capivara, 1 em Teresina e 2 em Parnaíba. Inclui café e passeios. CiaEco (0--11-5571-2525; www.ciaeco.tur.br) *Preço mínimo por pessoa em quarto duplo, com aéreo


Fonte:
Lucas Frasão

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