O Intercâmbio Viçosa-Parnaíba é intenso desde remotas eras. Bem maior e mais antiga, entretanto, á aspiração dos viçosenses por uma rodovia pavimentada ligando as duas cidades, via Cocal.
A ausência de uma boa estrada de rodagem jamais arrefeceu os laços de amizade entre viçosenses e parnaibanos.
O tabelião e jornalista Constantino Correia morou em Viçosa.
O ex-governador piauiense (ora senador) Alberto Silva e seus irmãos (José Silva casou-se com a viçosense Marieta Passos) gozavam férias estudantis em Viçosa.
Xisto Mapurunga, Custódio Carvalho, Homero Silveira e o poeta Francisco Aires emigraram cedo para Parnaíba.
Depois partiram Jose Dedé e Raimundinho Nogueira (Casa Inglesa) e também o jornalista e radialista Caio Passos, que escreveu a biografia de Monsenhor Carneiro.
E, no livro “Em cada rua um nome”, traçou o perfil dos que emprestaram sua “graça” as artérias parnaibanas. Sem esquecer José Natálio e Los Pampas (João Batista Silva), este passando de seringueiro no Acre para “barman” e alfaiate em Viçosa, radialista em Parnaíba e, no final da vida, eletricitário em Fortaleza.
Quem não se lembra do hotel da Maria da Cunha lotado de paraibanos?
A impagável Zilda Sales com seu charme, o velho Jorge com seu jipe e o caminhoneiro Fernando com seu chapéu de palha do tamanho dos “sombreros” mexicanos que chegava á Viçosa em seu fantástico caminhão, no pára-choque a frase “ comigo só vai quem tem negócio”, a acionar uma buzina musical identificadora do veículo.
Voltando á estrada entre a cidade-veraneio do Pe. Antônio Tomás e a que hospedou Humberto de Campos em sua infância, conta-se que D. Aroca de Pinho (faleceu na década de 1950, com idade superior a 90 anos) já ouvira falar nessa obra viária quando brincava de três-três-passará com Clóvis Beviláqua.
Posteriormente, na seca de 1958, incluiu-se tal estrada nos serviços de emergência.
E logo mais, no primeiro governo de Virgílio Távora, apelando-se para o sentimentalismo de ser sua esposa parnaibana, houve até inauguração antecipada, tendo-se porém vetado a pretendida denominação de “Rodovia Luíza Távora” para elidir manchetes ambíguas na ocorrência de atolamento de veículos.
Fato é que somente em 2004, na séria e profícua administração Lúcio Alcântara, foi concluído – devidamente asfaltado – o trecho Viçosa até a fronteira Ceará-Piauí, a poucos quilômetros de Cocal (município com boa rodovia até Parnaíba), obra que significa a realização do acalento sonho viçosense.
As duas cidades já podem estreiar ainda mais seus laços de amizade.
Extraido do Livro Rodovia dos Sonhos de F. Oliveira Souza
Nota de Falecimento do Servidor José Osmar Dias Gaspar
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O Presidente do Legislativo de Parnaíba, José Geraldo Alencar Filho em nome
de todos os parlamentares e funcionários, vem manifestar profunda tristeza
pe...
Há 6 anos
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