Antes de desaguar no oceano, o rio Parnaíba se divide em cinco braços diferentes. Durante as quase oito horas de passeio por toda a sua extensão, as embarcações tradicionais, com capacidade para até 90 pessoas, têm que se locomover por ali lentamente, pois há diversos bancos de areia pelo caminho. Durante o percurso, é comum ver pescadores em seus barcos movidos a remo e a vela, vencendo a forte correnteza. Outro personagem típico da região é o catador de caranguejo-uçá. Nos acampamentos montados nos manguezais, os caiçaras dormem em redes amarradas às árvores. Não raro, avista-se algum deles cheio de lama pelo corpo. É ela que protege os catadores dos mosquitos que dividem o local com o crustáceo, cujo destino é, em sua maioria, as mesas e os supermercados de Fortaleza, no Ceará. Pequenas vilas e povoados espalham-se à beira do rio e pelas ilhas da redondeza, algumas ainda sem energia elétrica. Após navegar por alguns quilômetros, entre florestas e mangues, uma duna surge de surpresa e a areia branca se mistura com a lama. A água é levemente salgada, resultado da mistura com o oceano. A imagem que se forma é uma mescla surpreendente de paisagens. O delta e suas margens reservam ainda uma opção para aventureiros e amantes da natureza. Durante um safári noturno, também chamado de focagem, é possível observar um ecossistema bastante particular. Navegando em voadeiras, pequenas embarcações de madeira, os turistas seguram lanternas na esperança de encontrar jacarés, cobras, iguanas e pássaros nas cerca de quatro horas de duração do passeio. Capital da carnaúba Para visitar os atrativos do rio, o melhor a fazer é se hospedar em Parnaíba, portal do delta. Segunda maior do Estado do Piauí, a cidade foi o principal entreposto comercial da região nos séculos 18 e 19, grande exportadora de charque, de carnaúba e do babaçu. Naquela época, a cidade ainda era a Vila de São João de Parnaíba, e o Piauí, a quarta maior economia do país. Em setembro de 2008, seu centro histórico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Entre as principais atrações estão a Casa Grande e a catedral de Nossa Senhora da Graça, padroeira da cidade. Não deixe de visitar também o porto das Barcas, que teve parte de seus prédios históricos restaurados. Sentar-se em uma das mesinhas dos restaurantes e bares de suas ruelas é uma boa opção para um fim de tarde, quando o calor dá uma trégua. As agências que reservam os passeios pelo delta também ficam por ali. Para manter o clima colonial, uma dica é se hospedar na Casa Inglesa, que fica ao lado do porto das Barcas. Construída no século 19, o local pertence à família de James Frederick Clark, um dos grandes exportadores da cera de carnaúba. Na pousada, há apenas cinco quartos, cada um deles pintado e decorado com uma cor diferente, sendo que todos os cômodos conservam móveis e objetos da época. No comecinho da noite, com o vento do delta refrescando o calor nordestino, a parada é em uma das inúmeras sorveterias da cidade. Prove cajá com sapoti. Estique os pés num pufe de taboa, fibra vegetal tirada de lagoas e rios, e curta a maresia. COMO CHEGAR PARA QUEM QUANDO IR DICAJefferson Coppola/Folha Imagem Dunas da Ponta do Caiçara, no delta do Parnaíba, onde pequenas vilas se espalham à beira do rio, no Maranhão Arte
De carro até Parnaíba são 354 km de Teresina, com acesso pela BR 343
Casais e turmas de amigos que querem desfrutar da natureza exuberante da região e que não se importam em se deslocar por muitos quilômetros atrás de belas paisagens
O ano todo. De março a agosto, durante a época de chuvas, as lagoas entre as dunas estão mais cheias
Reserve um dia para visitar as praias de Luís Correia, a apenas 18 km de Parnaíba. As sete praias do município são banhadas por águas verdes e cristalinas
Fonte:
Juliana Calderari
http://www1.folha.uol.com.br
Nota de Falecimento do Servidor José Osmar Dias Gaspar
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O Presidente do Legislativo de Parnaíba, José Geraldo Alencar Filho em nome
de todos os parlamentares e funcionários, vem manifestar profunda tristeza
pe...
Há 6 anos
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