O hoje senador Francisco Moraes Souza (PMDB), que administrou o Estado entre 1995-2001 e que se destaca como crítico dos governos de Lula, na presidência da República, e de Wellington Dias, no governo do estado, ambos do PT, investiu pouco em desenvolvimento. A maior parte dos recursos foi direcionada para atender a política assistencialista implementada durante o seu governo. A constatação está na obra do economista e professor da Ufpi (Universidade Federal do Piauí), Felipe Mendes. Segundo ele, enquanto as secretarias diretamente ligadas ao Palácio de Karnak aplicaram média anual de R$ 32,3 milhões, as secretarias encarregadas promover o desenvolvimento sócio-econômico do Estado ficaram com apenas 25% deste montante. O estudo relaciona-se ao período de 1995 a 2000 e está na página 290 do livro "Economia e Desenvolvimento do Piauí". No capítulo "Pobreza, Destino ou Escolha?", o economista faz uma avaliação, com base em documentação contábil do próprio governo, da destinação equivocada dada ao dinheiro público e conclui: "O Piauí é pobre por opção." A opção foi feita pelo próprio governante. De acordo com Felipe Mendes, atualmente secretário municipal de Finanças de Teresina, no período abrangido pela pesquisa o Gabinete Civil, o Gabinete Militar, o antigo Serse (que tinha a nomenclatura Serviço Social do Estado), a antiga Secom (Secretaria de Comunicação) e a Secretaria de Governo diluíram a importância de R$ 193,5 milhões. Enquanto isso, órgãos como as secretarias de Planejamento, de Agricultura, Indústria e Comércio e Meio Ambiente tiveram aporte de cerca de R$ 48,4 milhões. No ano de 1994, quando o Estado foi governado por Freitas Neto (que se licenciou em abril para concorrer ao Senado) e por Guilherme Melo, foram aplicados R$ 8,6 milhões em despesas palacianas. "Se as metas fiscais tivessem sido cumpridas haveria uma economia de R$ 142 milhões", enfatiza Mendes. De acordo com Felipe Mendes, a redução de despesas poderia ter gerado disponibilidade de recursos para investimentos prioritários e formação de contrapartida. Tal volume de recursos poderia ter financiado a conclusão do porto de Luís Correia, a construção da Adutora do Garrincho -- levando água do açude Petrônio Portella para as cidades de São Raimundo Nonato, Coronel José Dias e São Lourenço do Piauí, beneficiando aproximadaMente 25 mil pessoas. Além disso, permitiria a implantação de 6 mil hectares do Perímetro Irrigado Tabuleiros Litorâneos, em Parnaíba (350 km de Teresina), da implantação e pavimentação da rodovia Gilbués/Santa Filomena, nos cerrados, viabilizando ainda a implantação e pavimentação da BR-020, trecho entre as cidades de São João do Piauí e Picos. Felipe Mendes enfatiza que a pobreza do Piauí "não é um desígnio de Deus ou da natureza, nem resultado da falta de apoio do governo federal. É simplesmente uma questão de escolha. Pergunta-se: é importante investir no amparo à pobreza? É claro, desde que tais investimentos gerem desenvolvimento social. Mas o que ocorreu? As pessoas continuam pobres", finaliza. Mão Santa fez nesta quarta-feira (11) o seu 984º discurso na tribuna do Senado por ocasião de sessão especial em homenagem aos 186 anos da Batalha do Jenipapo. Como é de costume, atacou os governos de Lula e Wellington e disse que o poder público já poderia ter feito as obras do porto, da hidrelétrica e recuperado a ferrovia Teresina/Luiz Correia. Mão Santa esteve no poder durante sete anos e como se percebe pelo conteúdo da reportagem não adotou as providências necessárias porque não quis. Ele fez uma opção diferente. Toni Rodrigues
Nota de Falecimento do Servidor José Osmar Dias Gaspar
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O Presidente do Legislativo de Parnaíba, José Geraldo Alencar Filho em nome
de todos os parlamentares e funcionários, vem manifestar profunda tristeza
pe...
Há 6 anos
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